1 de set. de 2013

Selinho!

VAAAAAAAAAAS ZAAAAAAAAAAAAAPPENINNNNNNNNNNNNNNN !!!!!!!!
Eu estou extremamente feliz. Sim, estou feliz. Porque estou feliz? Porque recebi quatro selinhos e isso é realmente incrível porque só tem um mês que eu tenho esse blog. Então.. Realmente muito obrigada. Eu sou meio esquecida mas tenho certeza que as meninas foram as Imagine One Direction (desculpa mas eu não encontrei o nome desse blog porque sou lerda), Hunter FireFlies, One Direction Forever & Keep Calm One Direction.

✣ 11 coisas sobre o blog
1. Eu demorei cinco meses para ter a iniciativa de criá-lo.
2. É o segundo blog que eu tenho, o primeiro foi deletado.
3. Criei esse blog com a ajuda da Camila.
4. Ainda não postei uma fic aqui porque eu perdi ela no meu computador e não tive vontade de refazer.
5. Preciso escolher um nova ADM mas não consegui porque gostei de duas.
6. Eu não gosto do cabeçalho do meu próprio blog. (pronto, falei)
7. Aqui é tudo muito verde porque além de eu gostar da cor, é uma cor da sorte, queria sorte para o blog.
8. Meu blog não é famoso e não tem muitas visualizações. (Sério Ally? Isso está na cara)
9. Já pensei em deixar o Blog de lado.
10. Queria que ele se tornasse famoso.
11. Comecei a me interessar por fics após começar a ler algumas de Harry Potter.


Perguntas do Imagine One Direction:
1. Porque quis criar o blog?
Porque eu queria ter um lugar só meu, onde pudesse fazer o que tivesse vontade.
2. Como virou directioner?
Pra ser sincera, eu os criticava um pouco antes de realmente conhecer. Então uma amiga minha me enviou um vídeo sem nome(porque ela é uma pessoa muito idiota) no dia do lançamento do clipe Live While We're Young (sim, eu acho importante dizer isso, porque é o que me indica quanto tempo faz que sou Directioner). E esse vídeo era o cover deles do Oasis - Wonderwall, que por sinal é uma música que gosto muito. Eu simplesmente não conseguia parar de ouvir. Comecei a pesquisar sobre eles. Passei a gostar e quando percebi já tinha todas as músicas no computador (inclusive as do The X Factor). E então.. Agora respiro 1D.
3. Cor favorita?
Vermelho.
4. Mino preferido?
No inicio, eu tinha gostado mais do Niall, simplesmente porque tinha me apaixonado por suas bochechas e sua risada. Mas quando comecei a assistir os Videos Diaries percebi que me identifico mais com Louis. Então.. Louis é o meu favorito.
5. Um passatempo?
Videogame forever!
6. Uma música do momento?
Best Song Ever.
7. É de de mais alguém? Quem?
Sorry mas.. Eu não entendi essa pergunta.
8. Tem medo de que?
Tenho PAVOR, P-A-V-O-R de altura.
9. Tem uma melhor amiga virtual? Quem?
Pra ser sincera, não apenas uma. Cams e Kris.
10. Uma frase?
"Posso cair e me machucar, mas te garanto, NO CHÃO EU NÃO FICO!"
11. Alguém que admiras?
Liam Payne. Qualquer pessoa que pesquisasse sobre a história da vida dele concordaria comigo.


Perguntas do Hunter Fireflies:
1. Gosta do lugar que mora?
Amo. Aqui é quente. E quem não curte uma praia? (como se eu vivesse lá, mas ok)
2. Fã de que?
One Direction, Selena Gomez, McFly, Westlife, e Guns n' Roses.
3. Se você tivesse que escolher apenas uma pessoa no mundo pra viver, quem escolheria?
Provavelmente Louis Tomlinson.
4. Se te falassem que você deve desistir, oque você diria?
"Eu nunca desisto dos meus sonhos".
5. Uma música que te representa neste momento?
Pequenas Lembranças - Rob Thomas
6. Lê quantos livros por mês?
Quantos a preguiça deixar.
7. Se represente em uma palavra.
Agitada.
8. Uma frase?
"Por você faria mil vezes". - O caçador de Pipas
9. Uma série?
Friends.
10. Uma cor?
Vermelho.
11. Um nome?
Jennifer. Directioners entendem..


Pergunta do One Direction Forever:
1. Qual seu melhor amigo virtual?
Pra ser sincera, não apenas um. Cams e Kris.
2. Seu preferido?
No inicio, eu tinha gostado mais do Niall, simplesmente porque tinha me apaixonado por suas bochechas e sua risada. Mas quando comecei a assistir os Videos Diaries percebi que me identifico mais com Louis. Então.. Louis é o meu favorito.
3. Se fosse pra dar um beijo em : Harry ou Niall, quem seria?
Bom, normalmente eu escolheria Louis, mas nesse caso: Niall.
4. Você Shippa Larry?
Sim, mas como BROmance.
5. Tem quantos anos?
20.
6. Teve medo de algum filme?
Anaconda. Não me culpem, tenho medo de cobras por traumas infantis.
7. O bicho que mais te apavora?
Aranha.
8. Uma música viciante?
Hey There Delilah.
9. Em que série está?
Nível superior.
10. Tem irmãos?
Sim, um.
11. Tem bicho de estimação?
Tenho dois. Uma cachorra chamada Kiara e uma Calopsita chamado Kovu.


Pergunta do Keep Calm One Direction
1. Já te sentiste traída por alguém que conhece?
Já. E não é legal.
2. Onde gostaria de passar o dia e com quem?
Em uma ilha deserta com Louis Tomlinson.
3. Até que idade gostaria de viver?
FOREVER YOUNGER!
4. Uma inspiração?
Para escrever? Uma antiga amiga de escola, que inclusive publicou um livro. #orgulhobatendo
5. Viveria por qual ideal?
Ser sempre feliz.
6. Tem irmãos? Quantos?
Tenho, um.
7. Qual é a sua comida favorita?
Pizza e lasanha.
8. O que a One Direction significa pra você?
Sinceramente? Eu não saberia escrever aqui, porque seria bem capaz de esquecer algo então vou ser simples e prática. Eles significam T-U-D-O pra mim. Suas músicas me fazem ter coragem o suficiente para seguir em frente. Seus vídeos me fazem rir quando na verdade eu quero chorar. Eles me fazem rir quando quero gritar. Eles me dão forças para continuar quando penso em desistir. Realmente, são tudo para mim.
9. Qual é o seu jogo favorito?
No momento.. FIFA 13!
10. Seu filme favorito e a série de TV que você não perde.
Filme favorito: Harry Potter. Série: Friends.
11. Tem algum professor que você detesta?
Ainda tenho raiva da minha professora do pré, porque me colocou de castigo!(o que aconteceu muito naquele ano)


Minhas perguntas:
1. O que te inspira na hora de escrever?
2. Porque criou o Blog?
3. Se pudesse comer apenas uma coisa para o resto da vida, o que seria?
4. Se pudesse ter um super poder, qual seria?
5. Você é invisível. O que fará?
6. One Direction foi sequestrado, o que fará?
7. Se tivesse a oportunidade de ter um encontro com um dos meninos, quem seria?
8. Como 'conheceu' os meninos?
9. Qual a sua música favorita?
10. Filme favorito?
11. Video favorito dos meninos?


Blogs que repasso:
Larry Sem Preconceito
One Direction Forever
Sonhos com One Direction
Keep Calm One Direction
One Di Meu Tudo

Desculpe repassar apenas esses, mas como estou com POUQUÍSSIMO tempo, ando acompanhando poucos Blogs. Bjs Ally Xx.

7 de jul. de 2013

Prólogo - Amor entre outras drogas

 
Quatro é um numero legal, forte e com significado. Quatro mais quatro é oito. Oito mais quatro é doze, e doze mais quatro é dezesseis. Dezesseis é igual a quatro carros, cada um deles com quatro rodas. Eles passam por mim a cerca de 40km por hora, mas isso não é relevante. Dois é um bom numero também, romântico. Dois mais dois é quatro, quatro mais dois é seis, e seis mais dois é oito. Oito é igual a quatro motos. Quatro motos e quatro carros dão um total de 24 rodas. Continuo minhas contas, duas motos e um carro depois e ele ainda não chegou. Meu coração pulsa tão rápido que meu coração corre como louco por minhas veias, a euforia é tão grande que não consigo me manter parada, não consigo me focar em nada.
Me levanto, a ansiedade tomando conta do meu corpo e ando de um lado para o outro sem tirar os olhos da estrada ou parar de contar. Mais cinco carros e duas motos. As nuvens estão se dispersando e penso se eu não deveria fazer o mesmo. Mais uma moto e quatro carros. Ele ainda não chegou, e meu pé bate num ritmo que demonstra minha impaciência. A London Eye atrás de mim gira como se dissesse "você devia estar aqui".
Mais uma moto, que vem seguida por um carro, cruza o asfalto a minha frente. 80 rodas, ele está oitenta rodas atrasado. Que espécie de encontro era esse afinal? Minhas mãos tremem, preciso fazer alguma coisa, qualquer coisa. Dou uma volta no banco onde estava sentada, uma senhora na calçada, pronta para atravessar a rua, me olha incriminadora. Abaixo minha cabeça, mas a ignoro. Ela não sabia, não poderia saber, eu não me importo.
Duas motos passam zumbido, 84 rodas. Onde diabos ele se meteu? Suspiro, me sento, começo a batucar a marcha imperial no chão com os pés, enquanto o sinal se abre. 88, 92, 96 rodas. Nem sinal dele. 100 rodas, 102, 104, me levanto disposta a ir embora. Desisto da ideia minutos depois e torno a me sentar.Um ônibus - daqueles vermelhos de dois andares que não gosto de andar porque o teto parece que vai cair na minha cabeça -, passa e fico surpresa por ele ser sustentado por apenas quatro rodas. Mais alguns carros e motos e totalizo 150 rodas.
Comecei a imaginar várias situações, onde ele era atropelado por aquele ônibus vermelho ou se engasgava com aquele chiclete de hortelã que está sempre mastigando. 162 rodas. Isso dá o total de que? Meia hora? Deve ser mais. Ou não. Não sei mais de nada, além de que meu pé está doendo de tanto andar e quero ir embora. Logo vou abrir um buraco no chão de tanto andar.
- Está tudo bem? - uma mulher preocupada me segura pelo ombro, me avaliando.
Delicadamente me afastei dela, acenando com a cabeça.
-Sim. Estou esperando alguém, mas ele está atrasado, muito atrasado. Na verdade, ele deveria estar aqui cerca de 100 rodas atrás, ou 150, não sei muito bem, você me fez perder as contas.
Tudo que precisei foi de uma única respiração para falar isso e ela me encarou longamente, me avaliando. Eu me sentia quente, mesmo que o clima fosse frio. Pensei em retirar o cachecol, mas não queria levantar suspeitas. Suspirei.
-Eu estou bem, não se preocupe. Um pouco agitada somente, nervosa na verdade. Não ligue para mim, são somente os hormônios da idade.
Novamente falei rápido demais e ela não pareceu nenhum pouco convencida, pude ver sua educação britânica lutando contra o impulso de se afastar. Ela pigarreou e franziu as sobrancelhas.
- Você parece pálida. Tem certeza que não está passando mal?
- Você nunca viu uma pessoa nervosa pra um encontro não? - sorri tentando não parecer nervosa, e a mulher, com mais uma olhadela de avaliação, saiu andando.
Puxei o cachecol e o sobretudo para cima, tapando a boca, como as pessoas fazem quando estão sentindo muito frio, e soprei tentando fazer com que o calor passasse. Tentei lembrar onde tinha parado de contar e fingi ser 200. 204, 206, 212, 216, 220, 224, 226, 230, 232, 234... Eu queria chorar. Sentia calor, cansaço e ainda tinha que esperar aquele maldito cara. Porque ele tinha me chamado pra sair se ia me deixar plantada na frente daquela estúpida roda gigante que agora parecia me encarar com desdém.
- O que foi? - perguntei para ela num sussurro - Nunca viu uma garota nervosa antes de um encontro?
Bufei comigo mesma, repetindo mentalmente que era somente coisa da minha cabeça, e resolvi me focar nas rodas. Antes, porém, que eu retomasse a conta, senti uma mão no meu ombro. Levantei a cabeça, a ponto de ver Max sorrindo para mim.
-Você está exatamente 250 rodas atrasado.
Ele me encarou, meio divertido, meio confuso, mas sorriu.
-Me desculpe, tive um contratempo.
-Tudo bem -comecei a me levantar, feliz por poder me mover e andar- Aonde vamos? Guie o caminho.
Entrelacei meu braço ao dele, me sentia esplêndida, pronta para o que viesse, seja pular de um penhasco ou somente um sorvete. Sentia que eu poderia correr uma maratona naquela hora, de certa forma, eu realmente poderia. Toda aquela energia que eu sentia queria explodir seu caminho para fora do meu corpo.
-Então...
Ele começou, e tentei ficar quieta e ouvir o que viria a seguir.
- Então...? - o incentivei quando ele não continuou.
- Meu plano é andarmos na London Eye e... - ele sorriu como se fosse me contar um segredo - Depois vamos a um restaurante almoçar e... Depois vamos para a praça, caminhar.
- Para mim parece muito bom. - sorri animada.
Olhei para a roda gigante e sorri mais ainda, pensando "viu, terei um encontro perfeito, roda gigante intrometida". Max colocou sua mão sobre a minha que passava por seu braço e sorriu, me guiando para a bilheteria. Pagou nossas entradas e esperamos uns dez minutos até a volta que estava sendo dada acabar e podermos entrar.
Não tinha muita gente ali, então conseguimos ficar praticamente sozinhos na cabine. Agradeci mentalmente por isso a quem quer que fosse que providenciou o lugar vazio e a incrível London Eye começou a se movimentar. Coloquei meu peso sobre um pé e apoiei na barra que circulava a cabine.
Enquanto íamos nos movendo com a roda gigante, a vista ia se tornando cada vez mais bela. O rio estava brilhante, apesar de cinza como as nuvens carregadas que era empurradas no céu pelo vento. Olhei para elas, procurando ver formas como fazia quando era criança. Há muito tempo não tinha a paciência de fazer isso, mas era impossível quando se estava tão perto das nuvens. Mas elas estavam muito juntas, não deixando uma só brecha, o que tornava impossível distinguir. Aquelas nuvens acinzentadas cobria toda a cidade (talvez o país) como um frio cobertor, que ao invés de nos proteger da água que vinha dos céus nos sufocava com ela.
Minha mente começou divagar sobre como seria ser sufocada por aqueles pedaços de algodão perversos e, quando dei por mim, alguém estava me chamando com uma voz aflita.
- Por favor, fala comigo... - insistiu, e percebi que era Max, que segurava minha mão entre as suas.
O olhei confusa, pensando o que diabos deu nele, mas meu pulmão ardente reclamou minha atenção como se gritasse "pare de olhar para esse idiota" e percebi que estava arfando e suando frio.
- Droga. - murmurei baixo o suficiente para ninguém ouvir.
- Você está bem?
- Estou... Só tenho um pouco de medo de altura. - falei rápido.
- Me desculpe. Devia ter me contado sobre isso, podíamos ter pulado essa parte do nosso encontro. Max apertou minhas mãos entre as suas e tentei me concentrar em seus olhos cor de mel, sem pensar que eu não conseguia respirar direito.
Bem, faltavam mais vinte e cinco minutos de passeio, e não podia simplesmente pular da cabine. Na verdade eu podia, mas não ia ser um bom final para o encontro. Esse tempo restante se passou da forma mais lenta e torturante possível. Meus olhos iam constantemente para minha bolsa, e quando percebi que estava dando muita bandeira me forcei a parar antes que alguém reparasse.
Quando a volta acabou finalmente - quase pude ouvir o coro dos anjos cantando aleluia -, Max me puxou para fora da cabine e perguntou muito preocupado se estava tudo bem. Forcei o maior sorriso que consegui e respondi.
- Valeu a pena a tontura, a vista de lá é linda! Obrigado por me levar.
Ele sorriu aliviado e passou um braço por minha cintura, me guiando até seu carro. Durante o caminho até o restaurante, tentei agir como se meu mal-estar já tivesse passado. Contei mentalmente cinco minutos - que devem ter sido apenas dois de tão rápido que contei - quando já estávamos lá e pedi licença para ir o banheiro. Apoiei as mãos trêmulas na pia de mármore gelado e me olhei no espelho, o horrível reflexo de uma garota que parecia prestes a desmaiar.
Com um suspiro, peguei o frasco de cor laranja da bolsa e tirei logo quatro comprimidos brancos dele. Engoli depressa sentindo meu corpo relaxar e logo a euforia que sentia antes voltou, e os momentos de desconforto anteriores foram substituídos por imagens borradas e desconexas como se fossem parte de um sonho muito estranho que foi deixado de lado logo depois de eu despertar.
Joguei um pouco de água fria no rosto e retoquei a pouca maquiagem que usava. Voltei para a mesa tão rápido que quando percebi já estava sentada em minha cadeira, olhando o cardápio com um sorriso nos lábios e tentando refrear minhas palavras que saíam rápidas demais. Embora eu conversasse com Max normalmente, minha mente redigia uma grande linha do tempo, pensando desde quando eu tomava quatro comprimidos de uma vez, e contei cerca de quatro meses. Mas desde quando o efeito desses quatro comprimidos não durava mais que quatro horas?
Max me encarou estranhamente alguns minutos, como se suspeitasse que algo estava errado, mas acabou relaxando eventualmente, enquanto isso, fiquei imaginando quantas rodas não estariam passando do lado de fora do restaurante naquele momento.

Mini Imagine Zayn Malik - My Oath to You

- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – minha mãe começou a gritar quando passei a primeira perna pela janela. Algumas manias simplesmente me irritavam, e uma delas era essa de gritar para todo o mundo ouvir. Outra era quando a mesma tentava impor o que eu devia ou não fazer. Era insuportável! Tenho minha própria cabeça, minhas próprias idéias e minhas próprias pernas para andar por qualquer caminho que eu escolha.

- Volto quando me aceitar do jeito que sou! Não vou mudar por sua causa! – abaixei a cabeça passando-a pela janela, passando assim todo o meu corpo para fora do apartamento. O vento gélido balançava meus cabelos, os deixando meio bagunçado. Não que eles fossem arrumados, eu os achava rebeldes demais pro meu gosto. Minha mãe me xingava de todos os nomes possíveis, mas eu apenas ignorava ao passar a outra perna, me vendo agora na escada de emergência que eu achava inútil. Parecia meio convidativa a ladrões.

- NÃO SEJA LOUCA! QUER MORRER? QUER SE MATAR IGUAL SEU PAI? - eu congelei. Não acreditava no que tinha ouvido. Como ela podia ser tão insensível a esse ponto? Eu não era filha dela. Era filha do marido dela com outra mulher, porém ele havia se suicidado meses atrás após seu irmão culpá-lo por desviar dinheiro para sua conta bancária. Eu a encarei enquanto lágrimas escorriam lentamente por meu rosto. – Eu não q-

- CALA A BOCA! EU NÃO QUERO OUVIR A SUA VOZ! – gritei ao começar a descer as escadas. Confesso que eu tinha certo pavor de altura, mas preferia o medo a ficar perto daquela mulher.

- VOLTE PRA CÁ AGORA! ESTAMOS NO 5º ANDAR! – a ouvi gritar novamente. Que mania chata de pensar que eu era surda. Ouvi um barulho da janela e olhei para cima. Sua cabeça estava para o lado de fora e sua testa estava enrugada. Oh, eu havia conseguido irritá-la? Ponto para mim, certo? Certo.

- Agora estou no 4º.. – levei minha mão até o rosto, o limpando enquanto novas lágrimas escorriam. Aquilo não era vida. Aquilo era um inferno. Porque eu tinha que aturar isso? Tenho apenas dezenove anos, isso não devia ser proibido? Eu não devia ser apenas uma pessoa curtindo a flor da juventude? Então por que.. Porque.. Eu simplesmente não sabia o que dizer. A janela se fechou. Ótimo, agora estava trancada no lado de fora.

Se eu dissesse que estava me sentindo bastante aventureira, vocês acreditariam em mim? Até hoje, o máximo que eu consegui fazer foi tomar leite enquanto chupava manga. Aquela escada dava acesso a um pequeno – e escuro – beco entre o meu apartamento e o apartamento da rua de trás, assim como os que haviam do lado, e também as lojas. Ou seja? Era um labirinto assustador onde eu poderia me perder com uma facilidade enorme.

O vento era muito mais frio ali e aquela escuridão me causava uma série de arrepios incomodantes. Era como se fosse tão abandonado, que a lua se recusava a iluminá-lo. Todas as esquinas eram iguais. Eu estava perdida. Não sabia para que caminho seguir, já que o lado que eu deveria seguir dava nas costas de uma lanchonete. Suspirei levando as mãos até os bolsos, as luvas pareciam não ser suficiente para me proteger daquele frio. Não sei por quanto tempo caminhei, sei que minhas pernas estavam ficando cansadas as suficientes para se recusarem a me obedecer.

Do outro lado de uma das esquinas me deparei com um grupo de cinco homens. Senti meu coração acelerar e minha respiração ficar descompassada. Sim, eu estava com medo. Muito medo. Tentei apressar meus passos, queria ficar longe o mais rápido possível. Vi dois deles se levantarem e impedir minha passagem. Havia mais dois sentados, que riam apreciando o que viam. Ao lado havia um em pé, tinha um capuz tampando seu rosto e parecia não se importar com o que acontecia, uma vez que olhava em outra direção.

- Me deixem passar.. – falei educadamente em uma voz tremida, tanto pelo frio quanto pelo medo. E na única vez que eu crio coragem o suficiente para enfrentar a ditadura estabelecida por aquela que se dizia minha mãe, isso me acontece. Castigo veio nem a cavalo, veio a jato. Iria morrer antes mesmo de esfregar na cara dela que poderia cuidar de mim mesma. Porque sempre sou dependente de alguém? Não queria ser..

- Ah, não podemos deixar passar quem veio até nós de tão boa vontade..
- Até que ela é bonitinha. – o segundo homem dizia ao andar a minha volta. O acompanhei com o olhar e no momento em que este estendeu a mão, o bati. Óbvio, o máximo que consegui foi machucar minha própria mão, o que fez com que ele começasse a rir.
- Marrentinha essa daí. – um dos homens sentado falava bem animado. O olhei e o vi sorrir maliciosamente. Seus cabelos eram tão loiros que chegavam a brilhar na fraca luz que havia ali. Estava começando a ficar assustada. Ou melhor, já estava assustada, estava apenas me desesperando.
- Fiquei até interessado.. – o primeiro homem dizia em uma risada escandalosa ao passar a mão em uma das mexas de meu cabelo. Apenas empurrei sua mão e ele fez uma expressão forçada de medo.
- Tem cheiro de morango.. – um deles dizia ao aproximar o rosto de mim. Tentei me afastar, mas havia outro deles atrás. Pareciam se divertir com o meu desespero.
- Apenas não coma ela, Greg. Queremos nos divertir, ok?
- Vá pro inferno, eu não.. – ele resmungou – Eu não comeria ela desse jeito!
- E nós prometemos fingir que acreditamos.
- Me deixem em paz.. – minha voz era trêmula. Estava muito assustada. Estava sozinha ali. Nada que eu fizesse me ajudaria agora. E se eu gritasse.. Quem iria me escutar ali? Estava perdida. A quem eu iria pedir ajuda? Já devo me despedir mentalmente do mundo?
- Oh, não chore. – o loiro se levantou e andando até onde eu estava. Levou sua mão até meu rosto o alisando enquanto um sorriso medonho estava em seu rosto.
- Se afaste de mim! – levei ambas as mãos até seu peito o empurrando com toda a força que eu tinha. Este se afastou se desequilibrando. Eu não continha mais as lágrimas que manchavam meu rosto.
- Estão levando um coro da garota. – levantou-se o outro. Parecia o mais velho de todos eles, uma vez que havia uma charmosa mecha branca na frente. Talvez fosse pintado, não sei. Andou até a pequena roda a fechando por completo à minha volta.
- Ela é bem fortinha. – o nomeado Greg tentava passar a mão em mim, mas o chutei na canela. O vi se abaixar grunhindo de dor – Sua desgraçada!
- Escuta, - o loiro se aproximou de mim me imprensando contra seu corpo – estamos sendo legais, mas não abuse da minha paciência.. – seu hálito fedia a cachimbo velho, o que me causava ancia, o deixando irritado. Ele me empurrou e eu acabei caindo de joelhos no chão.
- Realmente não é legal quando Matt se irrita.
- Como se ele fosse legal calmo. – dizia o mais novinho.
- Cala a boca, Rob! – Matt, o loiro, dizia me encarando. Eu me levantei e ele segurou meu pulso com força. Tentei puxar, mas ele realmente era mais forte. – Escute o que ele diz, não é bom me irritar.. – ele dizia se aproximando de mim e me dando um beijo perto da boca. Eu apenas perdi o controle e o dei uma joelhada. Automaticamente ele caiu no chão com as mãos entre as pernas – Se.. Se livrem.. Se livrem dela! – sua voz era embolada.

Os três homens começaram a rir enquanto fechavam a roda em mim. Eu simplesmente os olhava em meio ao choro. Estava cada vez mais desesperada. Soluçava tentando controlar o choro, mas era impossível. O que uma garota poderia fazer contra três homens drogados? Nada, ela morreria. Eles se aproximaram e eu apenas fechei os olhos..

- Deixem ela.. – uma voz ecoou no local. Era uma voz grave e eu diria que até mesmo conhecida. Abri meus olhos e vi os três olhando para o outro lado do beco. O quinto homem andava em minha direção com calma, ele não parecia amedrontado, muito menos nervoso. O vi chutar Matt, ainda caído ao chão – levante daí, idiota! – Agora ele pareceu um pouco enfurecido. O que o havia irritado afinal?
- Ela acertou em cheio, DJ. – Matt reclamou, mas ele ignorou. Parecia ser o chefe, ou algo parecido.
- Ninguém mandou ser tão idiota! – ele dizia ao levar as mãos até os bolsos e caminhar até a roda que se formava à minha volta. – E levante logo antes que eu resolva te machucar.

Eu o olhei curiosa. Ele não parecida drogado. Não parecia fora de si. Parecia apenas.. Cansado. Não sei, sua respiração era cansada. Ele parecia ser do tipo de pessoa que estava no lugar errado e na hora errada e acabou se envolvendo onde não queria. Eu não entendia.. Porque ele os tinha impedido? Porque estaria do meu lado? Porque me defendia? Porque ele estava fazendo aquilo?

- Mas ela começou, eu-
- Cala a boca, Matt. E por favor, soltem-na. – ele tornou a falar bem sério.
- Como é? – Ouvi Greg perguntar.
- Está surdo, Gregory Horan?
HORAN. Olhei depressa para ele. Como pude deixar passar esse pequeno detalhe? Será que estava tão assustada a ponto de não perceber que eu havia chutado a canela de Gregory Horan? Eu estava boquiaberta ao olhá-lo abismada.
- Está olhando o quê? – Greg disse nervoso ao me olhar. Apenas cocei o pescoço olhando para outro lado.
- Agora você se faz de machão, não é?
- Steve, não é macho abusar de uma mulher inocente.
- Ela veio até nós.
- Ela pode ter se perdido, Rob.
- Pare de atrapalhar nossos planos! – vi Greg se afastar de mim e se aproximar do homem encapuzado.
- Seus planos são sujos!
- Tão sujos que poderiam arruinar sua vida!
- Greg, não tente ser o que você não é!
- Não aja como se você se importasse agora!
- Não fiz nada de errado além de te apresentar esse mundo, a única coisa que eu me arrependo.
- NINGUÉM TE OBRIGOU A ISSO!
- Soltem a garota, não vou repetir isso.
- Acho que as coisas vão piorar.. – Matt sussurrou.. Pra mim? Porque ele estava falando comigo? O olhei confusa e ele se calou.
- É realmente chato quando eles começam a discutir.. – Rob parecia sem paciência – Greg sempre perde por falta de argumento.. – Falou ao se afastar e se sentar. Tentei me afastar, mas Steve me segurou.
- Pare de achar que manda em nós!
- Pare de agir dessa maneira, já está começando a me irritar.
- Ué, não está satisfeito com o que criou?
- Não criei porra nenhuma! Você é esse lixo. É sua natureza.
- OLHE COMO FALA COMIGO! – Greg o segurava pela camisa.
- Pare com isso.. Sabemos que você não é assim.. – O homem apenas soltou sua roupa das mãos dele.
- PARE DE TENTAR ME DEFINIR.
- Greg, é a última vez que eu falo.. Steve, solte a menina.
- NÃO! – ele dizia encarando Steve – Estou cansado de ser chantageado por você.
- Claro, porque sou eu que vive ameaçando os outros em troca de.. – ele parou ao m encarar – Apenas pare com isso e solte-a. Não precisa disso.
- OU QUÊ? O QUE IRÁ FAZER SE EU NÃO A SOLTAR?
- Irá arrumar um problema sério comigo e.. Sua mulher!

Vi Greg arregalar os olhos e então recuar. Eu ainda não entendia.. Porque ele estava me ajudando? Quem era ele, afinal? O olhei enquanto algumas lágrimas escorriam por meu rosto. Queria conhecê-lo realmente. E entender porque me ajudava. O vi me olhar e estender a mão. Somos ensinados desde crianças a não aceitar ajuda de estranhos, mas.. Essa seria uma pequena exceção, não seria? Suspirei e apenas segurei. Era estranho.. Sua mão me causava uma sensação única. Me transpassava.. Segurança?

Ele não falava nada, apenas me puxou da roda. Pra ser sincera, eu sentia como se ele me arrastasse para longe dali. Eu estava confusa, não sabia o que pensar. Não sabia como agir. Estava esgotada. Aquela havia sido a pior noite da minha vida e eu ainda não tinha certeza se o perigo havia passado.

- Sabe, tome cuidado com o caminho que você escolhe. Às vezes, pode não ter volta.. – eu conhecia aquela voz, tenho certeza. Aquele tom de voz grave.. Aquele tom de voz abatido.. Aquele perfeito sotaque embolado.. Tenho certeza que já tinha ouvido em algum lugar. Era uma voz suave.. Calma. Percebi que ainda segurava sua mão, então a soltei depressa, como se fosse errado e apenas me afastei – Tudo bem, não vou fazer nada. Vou lhe mostrar o caminho, mas se você quiser ficar longe, entenderei.

- Porque está me ajudando?
- Porque qu-
- ISSO VAI TER VOLTA, MALIK! – ouvi Greg gritar ao caminhar na direção contrária.
- Malik? – eu o olhei confusa.
- É.. – ele pareceu nervoso – Apenas um apelido irônico.
- Não.. – eu olhei para minhas mãos tentando ligar os pontos – Um deles havia te chamado de DJ. E agora.. Greg Horan.. Greg te chamou de Malik. Oh, meu deus, DJ Malik, você é Zayn Malik.

O vi tirar o capuz e me encarar. Seus belos olhos âmbar me encaravam com uma expressão abatida. Por quê? O que ele fazia ali? Seus olhos brilhavam sobre a pouca claridade e me deixava confusa. O vi suspirar cansado, como se aquilo acontecesse repetidamente. Eu o olhava abismada, não podia acreditar no que via. Era.. Era algo impossível.

- Obrigada pela ajuda.. – falei e ele pareceu surpreso. Apenas desviei o olhar. Voltando a caminhar.
- Tudo bem. Quando eu estava no lugar errado, não havia ninguém para me ajudar. Não queria que você passasse pelo menos.
- Mas.. Se agora sabe que o caminho é errado, porque persiste nele?
- Porque agora, pra mim, há apenas "uma direção". – O olhei confusa. Não sabia se era apenas uma frase ou ele estava usando a frase para mencionar sua banda. Aliás, o que One Direction tinha a ver com isso tudo?
- Não Zayn, está errado.
- Não estou.
- Está, sempre há outro caminho. Sempre há outra direção.
- Há apenas uma direção, e essa seria seguir o caminho que estou. Não posso destruir tudo que levei anos para construir.
- Não irá destruir nada, iria apenas.. Acertar as coisas.
- Esse é o problema.
- Como assim?
- Eu não sei como acertar as coisas.
- Tente encontrar outro caminho.
- Não há outro caminho. Esse é um caminho sem saídas..
- Quando não houver saída. Quando não houver mais solução. Ainda há de haver saída. Nenhuma idéia vale uma vida. Quando não houver esperança. Quando não restar nem ilusão ainda há de haver esperança. Em cada um de nós algo de uma criança.. – cantarolei e ele me encarou confuso.
- Não conheço essa música.
- É porque é brasileira, acabei de traduzi-la.
- Brasileira.. Interessante.. – ele dizia ao caminhar com calma. Ele não pareceu interessado, pareceu apenas querer manter a conversa.
- Sei que você não queria estar lá..
- Também sei. – respondeu sem me olhar.
- Então.. Por quê? Porque Greg estava lá?
- Eu não sei, Greg se envolveu sozinho.
- Zayn, por que você estava lá?!
- Porque não havia ninguém pra me tirar de lá!
- Não há ninguém que se preocupe com você?
- Eles.. Eles não sabem.
- Porque esconde?
- Não é justo preocupá-los.
- É justo destruir sua vida sozinho?
- Bom..- ele disse mudando o assunto. Levou suas mãos para trás e se curvou como apenas um príncipe faria – está entregue. Se me der licença e-
- Não! – falei depressa e ele me olhou confuso.
- Como?
- Disse que não havia ninguém para lhe tirar de lá.
- Sim, eu disse.
- Então.. Eu quero ser essa pessoa.
- Mas.. Por quê?
- Porque você salvou minha vida, acho que lhe devo isso.

O vi sorrir, mas.. Não eram os mesmos sorrisos que eu via em fotos. Era um sorriso sincero, satisfeito. O vi estender a mão novamente, mas desta vez segurei sem medo. Caminhamos pelas ruas escuras sem falar nada. Agora eu o guiava em direção a meu apartamento. As pessoas nos olhavam, mas ele parecia não se importar, parecia contente demais para se preocupar com algo. Subimos uma pequena escada que daria para o saguão do meu hotel e ele parou de subir, ficando um degrau abaixo. Me virei ficando de frente, o olhando confusa.

- Eu fico por aqui..
- É, eu sei. Obrigada pela companhia.
- Sabe que vou querer caminhar novamente outro dia, não sabe?
- Eu sei – sorri envergonhada.
- Então b-
- Zayn.. Não vai voltar pra lá, vai?
- Não.. Acho que agora eu devo isso a uma pessoa.
- Promete?
- This is my oath to you. (esse é o meu juramento pra você)
- Está bem. Boa noite. – me virei, mas ele me segurou – Que foi?
- Não sei seu nome.
- Seu Nome.
- Seu Nome – ele repetiu – A minha salvação! – ele disse e logo depois depositou um beijo em minha testa e simplesmente se virou indo embora.

Nos encontramos muito naquela semana. De acordo com ele, me ver era o que fazia ele não procurar aqueles becos. Para ser sincera, Zayn nunca mais voltou lá. Agora fazíamos praticamente tudo juntos e não nos importávamos com o que suas fãs diziam. Queríamos ficar um perto do outro. Precisávamos disso. Ele era o meu refúgio. Com sua ajuda, passei a morar sozinha e voltei a estudar psicologia. Não com seu dinheiro, mas sim com seu apoio. Zayn se tornou meu amigo. Assistíamos filmes juntos. Ou melhor.. Tentávamos, porque ele era suficientemente chato a ponto de me perturbar e me fazer desistir no meio para trocar por outro. Nunca assistimos um até o final. Fazíamos brigadeiro, e ele normalmente deixava Niall comer tudo antes de mim. Sempre me deixava ganhar no videogame, apesar de fingir ter perdido. Era divertido estar com ele, até me atrevi a jogar bola, o que não deu muito certo. Éramos melhores amigos quando nos beijamos pela primeira vez em uma praia deserta. E.. Também éramos amigos quando respondi "eu aceito" no altar, me tornando a Sra. Malik. Um amor que surgiu a partir de uma amizade. Existe algo mais sincero que isso?

Imagine Harry Styles - One Night in Paris

Tão brilhante. Tão magnífica. Poderia passar toda a eternidade a observando. Guardaria aquela beleza para sempre em minha memória. Lembraria de cada detalhe, de cada aspecto que a tornava tão bela. Acho que estou amando. Estou completamente apaixonada pela beleza de Paris. A cidade do amor.. Talvez não seja mentira. Ou talvez seja. Ou quem sabe a alegria e a paixão canalizada para as paisagens francesas liberavam algum tipo de melanina - não.. Não era essa a palavra que a professora disse na aula passada. Endorfina, isso -, digo, endorfina, demais no cérebro o fazendo fantasiar algo incomum, como um amor perfeito. É basicamente a mesma coisa de você comer chocolate e sentir vontade de beijar aquele o presenteou. Efeito do chocolate, não do amor. Talvez o mesmo aconteça com a França. Porque não? Que amor não surgiria em um lugar tão romântico?

O relógio já marcava 3hrs da manhã, mas naquele momento essa era a última coisa que se passava em minha cabeça. Só precisava analisar cada peça perfeitamente encaixada que completava a maravilhosa Torre Eiffel. Sou uma completa idiota, motivo pelo qual tento olhar como é DEBAIXO da torre. O frio pode ter contribuído um pouco nesse quesito. As ruas estavam vazias e raros eram os carros que circulavam, o que tornava a torre só minha, não é? Até que eu gostaria de levá-la para meu apartamento, mas é claro que eu teria alguns problemas, tipo.. Como carregá-la e o fato de que ela não caberia em meu quarto. Eu guardarei esse momento para sempre em minha memória. A luz que emanava me fazia lembrar dos tempos antigos, quando a única coisa que eu via era uma réplica em miniatura dentro de um vidro com floquinhos semelhantes à neve. E bastava sacudir para a neve cair.

Sentado em um banco mais próximo à enorme torre havia uma pessoa. Um homem, eu acho. Era difícil definir já que se mantinha escondida sob um enorme casaco e um capuz que tampava quase todo seu rosto. Em suas mãos, luvas pretas. Sim, eu admito que a temperatura não estava muito agradável, mas ele parecia mais se esconder de alguém do que do frio. Ele segurava dois espetos de marshmallows intocados. Estaria esperando alguém? Ou apenas passando tempo? Não.. Eu conseguia sentir a sua tristeza de longe. Ninguém passaria um tempo desse jeito diante à tamanha beleza. Sua cabeça estava baixa e hora ou outra ele levava a mão ao rosto, o limpando. Estava chorando, eu acho. Quando me dei conta, já tinha falado com ele.

- Hn.. O incomodo se me sentar aqui? - de onde eu havia saído? Uma gramática? Ele não levantou a cabeça, muito menos me respondeu. Apenas levou a mão novamente ao rosto e respirou cansadamente. Parecia ter desistido. Eu realmente parecia incomodar. E estava, certo? Certo. Então eu iria embora, certo? Errado. Sou curiosa a ponto de ficar ali até ouvir uma resposta plausível - Qual seu nome? Me chamo Seu Nome. - falei novamente ao me sentar ao lado. O vi erguer a cabeça, mas ainda não me encarava. Era como se houvesse algo atrás de mim que merecesse mais a sua atenção. Desejei que não estivesse tão escuro para poder enxergar seu rosto. Pude ver apenas que ele usava uma touca por baixo do capuz. Esquisito.

- Nome bonito. - finalmente o ouvi. Sua voz era rouca e abafada. Me pergunto o que poderia deixá-lo tão mal a ponto de não admirar a beleza da cidade. Mas o que posso dizer? Estou ali simplesmente porque tive uma discussão com meus pais que queria me forçar a ingressar na faculdade - Não me incomoda-me. - ele falou e automaticamente arregalei os olhos me controlando para não voar em seu pescoço. - Sinto muito, - ele riu constrangido - acho que não sei ser cordial.

- E pra que ser cordial? - "por favor, não seja cordial", pensei o encarando. Minhas palavras o fizeram desviar o olhar e deixar escapar uma risada. O que era engraçado? Tenho cara de palhaça? Ao menos ele não estava mais chorando, apesar de sua voz ainda ser bem chorosa. Sua risada era fofa e entrava em minha mente me deixando bem constrangida. - Desculpe a pergunta, mas.. Aonde é a fogueira? - ele automaticamente olhou para as mãos, parecia ter esquecido que ainda os tinha ali.

- Além de idiota sou esquecido! - resolvi não perguntar do que ele estava falando. O vi se esticar e jogar as marshmallows na lixeira. Franzi o cenho curiosa. Há malucos para tudo nesse mundo, mas.. Jogar marshmallows fora? Confesso que foi a primeira vez que vi algo do tipo.

- Porque chorava? - "intrometida", pensei. Deveria levar um fora para aprender a não interferir na vida de estranhos que não gostam de marshmallows.
- Bom.. - ele desviou o olhar para a torre - Acho que eu confiei na pessoa errada.
- Posso entender.
- Pode? - seu olhar voltou-se para mim de maneira curiosa e agora eu preferi olhar para a torre.
- Meu ex foi morar com a minha me... Digo, minha ex melhor amiga.
- Sério?
- Pior que sim.
- Acho que eu ficaria louco.
- Não adianta, não iria mudar nada. - por uma questão de segundos nossos olhares se chocaram e ambos olharam para cantos diferentes.
- Sim.. Mas, dói. Huh?
- Óbvio que dói. Mas passa.
- Estava esperando alguém.. - sim, eu já imaginava - Mas ela não chegou..
- Pode ter acontecido um imprevisto.
- Não, ela me passou uma SMS agora pouco cancelando tudo.
- Por qual motivo?
- "foi um erro termos marcado" - ele falava ironicamente.
- Sinto muito por isso.
- Prefiro não continuar nesse assunto.
- Hn.. Ainda não sei seu nome.

- Oh.. Sim. Me chamo.. Hn.. Edward. Me chamo Edward. - ou ele não sabia o próprio nome ou tinha acabado de inventar um. O olhei curiosa. Levou sua mão até a cabeça coçando nervosamente. Tanto ele quanto eu sabíamos que algo estava errado na história, mas apenas ignorei. Se ele não queria me contar quem seria eu para perguntar.

- Edward.. - tentei em meu sotaque francês, mas a única coisa que consegui foi um som horrível de quem havia se engasgado e me lembrar de Edward Cullen. Levei a mão até a boca para não rir, ele apenas sorriu. Estou com a impressão de que conheço aquele sorriso. Acabei imaginando como seria a conversa entre uma mortal e um vampiro. Talvez como a nossa. Uma conversa fria e misteriosa, onde ninguém quer revelar o seu problema de verdade.

- Porque todo mundo acaba rindo?
- Cullen? - perguntei como se estivesse estampado em um outdoor.
- Oh céus! - ele deu uma risada bem alta - Havia me esquecido.
- Deve ser realmente bom ser um vampiro.
- Deve ter seus pontos ruins.
- Mas as vantagens parecem ser maiores nos livros da Stephenie Meyer. (Twilight)
- E bem menores nos do Lisa Jane Smith. (Vampire Diaries)
- Oh, não estrague tudo! - pedi em meio a uma risada.
- Mas ambos tem a mesma sorte.
- Que seria?
- Poder morder jovens atraentes.. - ele me olhava e confesso que senti um arrepio subir pela espinha, então simplesmente deu uma risada forte. Uma gargalhada tão gostosa que eu poderia passar séculos ouvindo. Era contagiante. Porque estou com essa estranha sensação de que o conheço? Porque meu estômago se revira tanto com sua voz? Quem ele é afinal? - Estou brincando.. - completou rindo.
- Não é engraçado!
- Ah é sim.
- Eu não achei.
- Mas eu sim. - Mas não teve! - ele me encarou sem dizer nada e aquilo já estava começando a me deixar bem desconfortada, uma vez que eu não sabia quem ele era - Que foi? Algum problema?
- Hm? Não. Não é nada.
- Então pare de me olhar.
- Mas o quê?
- Anda, olhe para o outro lado.
- É sério isso?
- É, anda, olhe para o outro lado. - empurrava, mas ele apenas ria - Andaaaaaa!
- Oh Céus, é maluca. - ele se virou sentando de costas para mim - Melhor agora, donzela?
- Bem melhor, e não me chame assim.
- Como devo te chamar então?
- Pelo nome ué.
- Ah..
- Esqueceu meu nome não é?
- Memória fraca.
- Seu Nome. - repeti.
- Isso, Seu Nome. Francês?
- Claro né, olha onde estamos.
- Ué, isso é relativo. Você poderia ter um nome.. Australiano, talvez.
- Não, não poderia.
- Claro que poderia, se sua mãe quisesse. - ele apenas riu, ainda de costas para mim.
- Olha, a menina não ter vindo, não era o real motivo do choro, era?
- Não exatamente.
- Como assim?
- Ela me rotula de um jeito que não sou. Ela e toda a sociedade.
- Eu ac-
- Estou cansado de me verem como um idiota irresponsável. Posso ser tão responsável quanto G.. - ele parou para pensar - Quanto minha irmã.
- Mas eu-
- Estou cansado de ser deixado esperando toda vez que marco algo, simplesmente porque mais ninguém confia em mim. Ou porque me taxa de um jeito que não sou! - apenas me calei, não adiantava falar, seria interrompida novamente - Estou cansado das pessoas me criticarem em tudo que faço. Será que elas não percebem que eu tenho sentimentos?
- Mas tal-
- Estou cansado.. - sua voz era abafada, o choro parecia querer voltar - Queria poderia fazer algo grande, algo tão grande que fizesse com que todos percebam quem eu realmente sou.
- nãodeviatentaragradarninguémalémdesimesmo. - falei bem apressada para evitar ser interrompida.
- Como é? - ele se virou - É seguro te encarar agora?
- É. - deixei um sorriso aparecer em meus lábios - Eu disse que você não precisa mudar, nem fazer nada. Tem que agradar apenas você. Ninguém veio ao mundo para agradar alguém.
- Mas ninguém gosta do jeito que sou.
- E isso não é importante. O importante é VOCÊ gostar do jeito que é.
- Muitas pessoas criticam o que faço.
- Deixe-as falar, uma hora cansam.
- Não consigo ignorá-las, são importantes pra mim.
- Mas não deve mudar quem é por ninguém.
- Claro.. - ele desviou o olhar.
- Vem comigo.

Não sei onde estava com a cabeça quando fiz aquilo. O segurei pela mão e simplesmente o puxei, ignorando as perguntas que ele fazia. "O que está fazendo?", "aonde está me levando?", "Aonde estamos?", como ele fala demais. Era estranho. Sua mão era quente e de alguma maneira causava formigamento no local, mas não ousei soltar. Não sei explicar. Não sei dizer o motivo. Eu simplesmente sentia uma enorme vontade de ajudá-lo. Eu me preocupei e não estava entendendo. Porque me sinto obrigada a ajudá-lo? Será o destino brincando com meus sentimentos? Eu costumava não acreditar em destinos, mas a partir daquele dia.. Eu sei que é real..

O arrastei por cerca de duas quadras, até encontrar uma lanchonete aberta. Confesso que só então reparei o quão chique era aquele lugar. O quão constrangedor seria admitir que não teria dinheiro o suficiente para pagar algo? Muito. Me convenci que o cartão de crédito que ganhei do meu pai iria servir para alguma coisa. O lugar era ENORME e as cadeiras eram vermelhas. Gosto de vermelho. Havia sofás circulares em um dos lados me lembrando filmes americanos que eu assistia com meus primos.. (x) (x) O puxei até a mesa mais escondida possível e então finalmente soltei sua mão. Me sentei no último sofá, escondido por uma enorme parede, mas ele permaneceu estático, em pé ao lado. Tinha alguma coisa errada.

- O que foi?
- Preciso ser honesto com você.
- Ok, não quer ficar. Pode ir, realmente tenho que ficar, não como nada desde as 8 da noite.
- Não é isso, sua presença seria ótima.
- Então..
- Por favor, só prometa não fazer escândalo.
- Do que está falando Edward?
- Bom, meu nome não é esse.
- Eu já imaginava ma-
- Espera. Não exatamente esse. É meu segundo nome.
- Ok, não precisa me contar isso.
- Você é legal demais, não quero mentir.
- Não estou entendendo mais nada.
- Não se assuste - sua voz era baixa e confesso que estranha -, preciso lhe mostrar uma coisa.
- Sério, se você for um ladrão, eu não quero ver sua arma.
- O que te leva a pensar que eu tenho uma arma?
- Sua voz.. Parece serial killer. - falei e ele deu uma forte gargalhada. Apenas dei de ombros pegando a cartaz do menu.
- Só peço que não grite, ok? - o vi levar as mãos até o capuz e então..
- O que vão querer? - um homem surgiu simplesmente do nada. Vi Edward pular com o susto e rapidamente por as mãos nos bolsos. Eu simplesmente tive uma crise de risos.
- Hn.. Nada no momento. Te chamamos quando decidirmos.. - ele respondeu nervoso.
- Ai. - reclamei quando minha barriga começou a doer. Não é pra menos, eu estava rindo exageradamente alto.
- Escuta, - o vi se sentar ao meu lado e segurar uma de minhas mãos - presta bastante atenção. Você não sabe com quem está falando.
- Eu juro, estou começando a me assustar.
- Não.. Por favor.. Só não vá embora.
- Não irei embora nem se você fosse Voldemort.
- Não é pra tanto. - vi um sorriso aparecer em seu rosto escondido - Não irá embora, certo?
- Não vou.
- Mesmo quando descobrir a verdade?
- Olha, tô ficando realmente com medo.. - puxei minha mão e sentei um pouco mais pro lado. A lanchonete estava praticamente para apenas nós dois e eu acho que se ele quisesse me matar tinha oportunidades o suficiente para isso.
- Só peço que não grite.. - ele respirou fundo e aos poucos foi empurrando o capuz para trás. Era o rosto mais lindo que eu já tinha visto em toda a minha vida. Ele tinha lindos olhos verdes que combinavam perfeitamente com seus cabelos enrolados e castanho. Sabia. Eu o conhecia. Era o garoto dos meus sonhos, o mesmo que estava em todas as paredes do meu quarto. Ele era Harry Styles.

Me lembrei da última notícia que havia visto sobre ele na internet. As fãs - enfurecidas e infantis - o estavam criticando por praticamente tudo que ele fazia ou deixava de fazer. Todos os seus gostos de repente se tornaram estranhos. Todas as suas manias viraram incoerentes. Todas as suas atitudes, de uma hora para outra, se tornaram erradas. Imaginava o quão ruim deve ser ter todo o mundo contra você simplesmente porque era feliz e despreocupado. Dei apenas um sorriso de lado e continuei a olhar o cartaz. Quer dizer.. Eu queria voar no pescoço dele, chorar, gritar, e dizer o quanto eu o amava e o quanto respeitei todas as suas escolhas. Mas não foi o que fiz.

- Acho que vou querer um chocolate quente mesmo, parece ser mais acessível ao meu bolso. Ele acompanha marshmallows, e se você não jogar fora, será uma boa escolha.
- Deixa eu ver. - pude notar um sorriso enorme em seu rosto agora visível. Era um sorriso tão satisfeito que meu coração disparou me deixando nervosa.
- É o primeiro.
- Pode escolher outra coisa, prometo que pago.. - ele se aproximou na intenção de ler o menu comigo, afinal só tinha um. Seu perfume tomou conta do local e eu fui obrigada a contar até mil mentalmente para não cometer alguma loucura - E eu não jogaria fora.
- Aposto que não.
- Acho que vou querer um hamburguer..

Bem diferente as nossas escolhas, mas a diferença era que ele tinha dinheiro para comprar toda a lanchonete, se quisesse. O contrário de mim que mal tinha onde cair morta. Um silêncio irritante tomou conta do ambiente. Eu não sabia o que dizer. Passei o ano inteiro me imaginando ao lado dele, imaginando diversos diálogos, imaginando diversas risadas que simplesmente não foram usadas na prática. Droga! Porque não consigo dizer o quanto ele é importante pra mim? Porque não consigo dizer que sou uma directioner?

- Gosto de homens com cuecas brancas. - Mas que porra eu estava fazendo? O que eu havia falado? Aquilo simplesmente escapou de minha boca e antes que eu percebesse Harry tinha os olhos arregalados em minha direção. O vi olhar para baixo, provavelmente conferindo o que estava vestindo e então me encarou sorrindo. Meu rosto queimava, sei que estava da cor da mesa. Usei o menu para tampar meu rosto, mas ele o puxou.
- Estava olhando para minha bunda?
- O QUÊ? N-não. N-nã-não. Claro que não.
- Você tem certeza disso?
- Sabe.. Bom.. Eu.. acho que dei umas olhadas.. às vezes..
- Então estamos quites.
- O QUÊ?!
- Gostei da sua calcinha vermelha.
- MAS O QUÊ?! - rapidamente olhei para minha calça, a calcinha realmente estava aparecendo. Ai que vergonha! Tapei o rosto com as mãos após ageitá-la.
- Aahhhh, agora você ficou envergonhada? Mas olhar a minha bunda pode né?
- Você é homem, Harry.
- Boa observação.
- Não devia olhar pra minha bunda!
- Ué, porque não? Você olhou a minha.
- Mas eu sou mulher.
- E eu homem. - ele ria ao puxar minhas mãos - Pare, estamos quites. Seria pior se eu olhasse pros seus peitos, porque eu não tenho algo igual.
- HARRY!
- Ok, parei. - ele deu uma forte gargalhada enquanto eu apenas cruzava os braços tão constrangida quanto enfurecida. - Obrigada por.. Bom.. Não ir embora.
- Eu não iria.
- Obrigado.. - ele segurou minha mão novamente - É importante demais pra mim.
- É o que uma directioner de verdade faria.
- Você é fã?
- Se você entrasse no meu quarto iria ficar abismado com a quantidade de coisa que tem lá.
- Ent-
- Não, não estou te convidando para ir até lá.
- Obrigado por falar não. - ele ria.
- De nada. - dei um pequeno sorriso. Nossos olhares se encontraram, mas dessa vez não desviamos. Suas mãos ainda seguravam as minhas. O que eu poderia fazer? Nada. Estava fadada a desejá-lo para sempre. Eu o amava assim como metade do mundo, mas diferente das outras, eu entendia o seu lado.
- Chocolate?
- Chocolate. - falei e ele se levantou.

A lanchonete ganhou mais movimento com o rumor de que Harry estava ali e então passamos a ouvir alguns gritos. "OMG É O HARRY!". Ele acenava com um sorriso enorme. Autografava satisfeito e fazia diversas caretas para fotos. Ele havia nascido para aquilo. Com toda a certeza aquela foi uma das melhores noites da minha vida. Conversamos até o chocolate acabar e então conversamos até a lanchonete fechar, nos obrigando a ir para a praça, onde ficamos até amanhecer. E quando aconteceu, ainda conversamos mais um pouco. Harry era perfeito. Engraçado e, confesso que sexy demais. A One Direction foi embora no dia seguinte e por muito tempo fiquei sem contato algum, mas eu não me importava. Eu sabia que um dia ele iria voltar e eu o esperaria o tempo que fosse preciso.

Dois meses depois, Harry apareceu naquele mesmo banco, naquele mesmo horário, mas agora eu sabia que era eu quem ele estava esperando. Sabia que agora os marshmallows que ele segurava era pra mim. Sabia que o sorriso estampado em seu rosto tinha um motivo e era meu nome. E a história se repete. Um amor que surgiu debaixo do clima perfeito de Paris. Um amor mais forte do que qualquer um já vira antes. Um amor capaz de superar qualquer distância. Meio clichê, não é? Mas que amor não surgiria em um amor tão mágico? Lá estava Harry, me esperando com um sorriso que me fazia esquecer todos os meus problemas. Mas dessa vez ele tinha uma novidade. Ou melhor, um convite. Naquela mesma noite, fui convidada a me mudar para Londres. Não, não iria morar com ele. Seria apenas um apartamento no mesmo condomínio, o que já era mais que ótimo. E daquele dia em diante passei a ser conhecida não apenas por Seu Nome, mas sim por Seu Nome a nova namorada de Harry Styles..